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Existe ‘receita de bolo’ para ser um bom líder? Entenda o que compõe uma liderança

Ser um bom líder vai além de apenas comandar e guiar um time. Um líder é alguém com autoridade para coordenar e comandar, cujas ações e palavras influenciam o pensamento e comportamento dos outros. Com isso em mente, uma reflexão importante para qualquer líder é: você já parou para pensar em que tipo de influência deseja exercer sobre as pessoas?

Não há como negar, o mercado sempre é feroz, e nele, é implícito que algumas questões podem ficar em segundo plano. Nesta lista, aperfeiçoar as habilidades – profissionais e pessoais – de alguém pode estar no topo. O problema é que existe uma outra lista, com o objetivo de formar uma equipe engajada e promissora, e nela, talvez essa seja uma das principais tarefas.

A busca incessante por resultados, ou, seja lá qual for o objetivo, pode tomar todo o espaço da preocupação de um gestor em desenvolver cada uma das pessoas que compõem o seu time – que, diga-se de passagem, luta pelo mesmo objetivo.

Experiência e habilidades técnicas são cruciais, mas será suficiente? Confira neste artigo:

  • Precisa ser líder, para ser líder?;
  • Existe uma liderança certa?;
  • 5 tipos de liderança mais comuns.

 

Precisa ser líder, para ser líder?

O tema “ser um bom líder” abre margem para questionamentos sobre dissociar um líder do quesito trabalho e da vida pessoal. Será que isso é possível? Para Olívia Bulla, jornalista com quase 20 anos de experiência na área e mestre em comunicação pela Universidade de São Paulo (USP), a resposta é não. Para ela, tão pouco existe “receita de bolo” sobre como gerir um time.

De vez em quando, um líder tem ensinamentos que ultrapassam os limites da esfera profissional. Poder contar com um profissional que sabe o valor de ambas as coisas é como ter o melhor dos dois mundos nas mãos, e isso, independe se a posição daquela pessoa é de liderança ou de subordinado.

Por exemplo, na trajetória de Bulla, a liderança veio antes mesmo do cargo de chefia. A jornalista destacou que durante anos se preparou para chegar nesta posição, sendo referência para muitos colegas de trabalho e tendo disposição em passar seus conhecimentos aos outros, treinando e ajudando no dia a dia das atividades, sobretudo aos colegas mais novos.

“Por isso, ao meu ver, é impossível dissociar um líder do quesito trabalho e da vida pessoal. Trata-se de uma evolução que faz parte da própria carreira profissional, à medida que vai acumulando experiência. Mas também tem muito a ver com o perfil e as características de cada um”.

 

Existe uma liderança certa?

A maneira como um líder vai guiar o seu time depende de alguns fatores. Entre eles: os objetivos da companhia, o segmento de trabalho e o perfil da equipe. Mas independente desses pilares, uma coisa é fato: todos possuem prós e contras.

Bulla lembra que existem pessoas que preferem seguir na linha operacional e técnica, enquanto outras acabam seguindo a linha mais gerencial e executiva. Nesse sentido, não existe um certo ou errado, mas até hoje, na perspectiva da jornalista, existem muitos questionamentos sobre quem está na linha de frente é o mais apto a isso.

“De qualquer forma, existe hoje uma mudança no mundo corporativo, em que as empresas estão dando preferência a modelos de liderança colaborativos”.

De acordo com Bulla, esses são os líderes que devem saber reconhecer as potencialidades de cada um e cultivar essas diferentes capacidades, para chegar ao objetivo. “Esse processo ajuda a motivar os profissionais que são liderados, aproveitando ao máximo as expertises de cada um”.

 

Vamos entender?

Detalhando um pouco mais, a mestre em comunicação explica que se trata de um ecossistema de liderança que contribui para evitar desgastes psíquicos, como problemas de burnout, de saúde mental, bem como outros pontos negativos, como episódios de assédio moral, por exemplo.

“Por ser uma rede colaborativa, o líder assume então o papel que de fato deve ser o dele: ou seja, liderar, mostrar o caminho por onde todos devem passar para alcançar as metas da empresa e guiar toda a equipe até a chegada”.

Bulla diz ainda que uma gestão nesses termos permite, inclusive, que os colegas de trabalho possam ser amigos, “gerando um nível de confiança interpessoal mais profundo. Assim, as pessoas não se veem mais como concorrentes, mas como companheiros em uma jornada de partilha de conhecimento e habilidades rumo à linha de chegada”.

Se a base de comparação for entre esse tipo de líder e a gestão do “chefe mandão”, de certo que a gestão colaborativa sai na frente.  “Porém, é um processo de transformação que ainda leva tempo e deve ser assumido pelas novas gerações que chegam aos cargos de liderança, substituindo aqueles que não foram capazes de se transformar”.

 

5 tipos de liderança mais comuns

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) listou quais são os cinco tipos de liderança mais comuns. Confira abaixo:

  • Liderança Transformacional

Gestão que motiva o time a acreditar em seu potencial para superar expectativas e alcançar resultados além do esperado. Segundo o Sebrae, pessoas lideradas nesse padrão costumam lidar com expectativas mais altas e desafiadoras.

  • Liderança Transacional

Liderança baseada em trocas: o gestor dá instruções à equipe e avalia as entregas de cada membro para recompensas ou punições. O Sebrae avalia que nessa gestão, a criatividade tende a ser sufocada e o trabalho é realizado apenas para cumprimento do dever.

  • Liderança autocrática

O líder autocrático espera e garante que o time siga processos tradicionais e bem estabelecidos. É visto como um modelo de liderança mais rígido.

  • Liderança sem intervenção

Na contramão da liderança autocrática, aqui, o líder delega as tarefas com pouca supervisão, fornecendo as ideias, recursos e ferramentas necessários. Ideal para os times que possuem algum nível de experiência, treinamento e inteligência emocional.

  • Liderança Democrática

Como em uma democracia, aqui, o líder consulta e pede informações à equipe, considerando o feedback do grupo, antes de tomar decisões.

Ainda segundo o Sebrae, cada tipo de liderança é ideal para ser implementada em seu respectivo time. Confira abaixo:

A liderança transformacional é indicada para líderes que tenham expectativas mais altas e desafiadoras. Já a liderança transacional é indicada para aqueles gestores mais objetivos.

Como mencionado acima, a liderança autocrática é vista como rígida. Aqui, o estilo de liderança é autoritário, onde o foco fica apenas em eficiência e resultado.

Na outra ponta, a liderança sem intervenção é mais livre. Normalmente, o gestor apenas fornece ideias, recursos e ferramentas necessários.

A liderança democrática é preferida por líderes que desejam participar e construir junto com suas equipes, em vez de tomar decisões finais sozinhos. Nesse caso, o gestor considera o feedback do grupo.

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