Ocorreu um erro

Fechar

Esqueci a senha

Insira o CNPJ ou o Email

Fechar

Fatores psicológicos, emocionais, sociais e, principalmente, econômicos, influenciam diretamente nas decisões pessoais! Para identificar e analisar os efeitos destes fatores, surgiu a economia comportamental.

Esta nova ciência estuda o comportamento humano para entender como diversos fatores sociais afetam as decisões dos colaboradores e das empresas. E tem mudado muito a maneira como as corporações veem seus processos de mudanças!

Durante o período pandêmico, marcado por muitas mudanças, esta nova ciência tornou-se essencial e, em um cenário de pós-pandemia, ela pode auxiliar o RH a lidar com o comportamento da equipe perante a retomada do modelo presencial de trabalho.

Para te explicar um pouco mais sobre este tema, abordaremos os seguintes tópicos:

Economia comportamental: entenda o que é e qual sua importância

Relativamente nova, a economia comportamental é uma ciência que estuda o comportamento humano, e expõe que as decisões humanas são baseadas em hábitos, experiência pessoal e regras práticas simplificadas. Isso significa que qualquer tipo de influência afeta as escolhas do ser humano, sejam elas emocionais, psicológicas, conscientes e inconscientes.

Diferente da economia tradicional que acredita na decisão como uma evolução e solução de erros provenientes de uma racionalidade limitada, os economistas comportamentais procuram entender e modelar as decisões individuais, e dos mercados, a partir de uma visão alternativa.

O método mais usado pelos economistas comportamentais é o experimental. O foco desta ciência é entender e modelar as decisões das empresas e seus colaboradores de uma maneira muito mais realista, a partir de experimentos diários.

As ciências comportamentais na gestão de pessoas

As ciências comportamentais são responsáveis pelas sugestões de melhoria no processo de seleção de pessoas. São capazes também de auxiliar nas áreas de gestão de performance, desempenho de atividades, motivação e comportamento ético. Bem como na estruturação de ambientes de trabalho, team building e gestão de conflito interpessoal ou de estresse.

Um ponto bastante interessante são as intervenções que buscam fomentar o comportamento ético no ambiente de trabalho. Seja para garantir as práticas de equidade e inclusão ou ainda para evitar os desvios éticos de conduta.

Uma contribuição importante da economia voltada ao comportamento humano é a construção de testes empíricos das hipóteses via experimentação. Vários experimentos acadêmicos oferecem ideias e pontos de comparação que podem ser utilizados na melhoria da gestão diária dos recursos humanos em qualquer empresa.

Isto é, uma “organização experimental”, que aproveita os experimentos e baseia suas escolhas em evidências, terá mais possibilidades de equilibrar realidades e melhorar decisões.

Os impactos da mudança para o modelo presencial

A retomada para o modelo presencial, após um longo período em casa, é algo que precisa de ajustes, especialmente devido aos novos hábitos de higiene que são obrigatórios. Em uma cultura que não está acostumada a ficar distante das pessoas, usar máscaras e álcool em gel o tempo todo, isso se torna um pouco mais difícil.

O cuidado em grandes escritórios e indústrias deve ser redobrado para garantir a saúde e integridade de cada um de seus colaboradores. Também é necessário atentar-se para o combate de alguns vieses cognitivos e comportamentais que podem ser um problema para o cumprimento das normas sanitárias.

Em relação à higiene, por exemplo, é possível que a empresa se depare com o não cumprimento das regras sanitárias por parte dos colaboradores. Nem todos os membros do time seguirão as regras dos órgãos de saúde à risca, uma vez que estão habituados a trabalhar remotamente, e a ter pouco contato com outras pessoas.

Além disso, depois de um longo período trabalhando em casa, na modalidade home office, muitas pessoas não estão mais acostumadas à rotina de um escritório. Isso pode evidenciar um comportamento de desmotivação por parte dos colaboradores.

É claro que o desconforto sentido no início é natural até que o time volte a se adequar ao modelo presencial, mas o comportamento dos colaboradores mediante a esta mudança precisa ser analisado e modelado, para que o trabalho flua normalmente. E o setor de recursos humanos tem um papel fundamental na gestão do comportamento.

Como a economia comportamental pode auxiliar o RH

Para auxiliar na adaptação dos colaboradores à retomada do modelo presencial, é preciso que o RH esteja atento ao comportamento da equipe, e faça experimentos constantes sobre a melhor forma de ajudar o time a cumprir as novas regras de higiene, assim como motivá-lo em suas atividades diárias. Afinal, conforme falamos, a experimentação é um dos principais pontos da economia comportamental.

Em relação às normas sanitárias, como lavar as mãos, ou utilizar álcool em gel e máscaras, as empresas não devem repetir a mesma postura dos órgãos públicos, como a repetição de alertas e a imposição de atitudes.

É claro que as regras continuam valendo, mas é preciso comunicá-las de forma clara, motivadora e humanizada. Por exemplo, em vez de dizer “Comunique-nos caso tenha sintomas de Covid-19”, procure dizer “Se tiver algum sintoma de Covid-19, envie uma mensagem/e-mail para a equipe de RH e fique em casa. Procure realizar o teste o quanto antes para tirar qualquer dúvida. E saiba que estamos à disposição para auxilia-lo!”

Experimentar formas mais empáticas e explicativas de se comunicar pode ajudar, e muito, no comportamento da equipe mediante as novas regras! Para isso, o RH, assim como os líderes da empresa, precisam estar atentos a essa nova forma de se comunicar.

Já em relação à motivação dos colaboradores perante as atividades diárias, uma boa saída para as empresas é pensar em um novo “acordo comportamental” para o cumprimento da nova rotina de trabalho. E isso deve ser levado em conta na hora de mensurar o desempenho e a produtividade.

Este acordo pode ser realizado através de incentivos diários, recompensas imediatas e acompanhamentos próximos do desempenho e progresso dos colaboradores. Estes incentivos podem vir em forma de conversas compreensivas, bônus, dinâmicas em equipe para quebrar a rotina, entre muitos outros.

É importante ter em mente que tudo é um experimento, que pode ter bons resultados ou não. Mas através da experimentação constante, o RH encontrará a melhor forma de auxiliar na adaptação dos colaboradores perante as mudanças, equilibrando o comportamento da equipe e mantendo o fluxo da produtividade nos setores.

E, claro, além de realizar acordos comportamentais, é preciso estar disposto a ouvir a equipe, ser solícito perante suas necessidades e saber que cada colaborador vive uma realidade distinta, que precisa ser compreendida!

Dessa forma, a economia comportamental pode ser uma grande aliada do RH, e todas as decisões tomadas devem ser embasadas em experimentos com resultados positivos!

FAÇA UMA COTAÇÃO

FAÇA UMA COTAÇÃO