Reajuste do Vale Alimentação: Como empresas devem calcular o valor do benefício

Hoje, um dos benefícios mais requisitados e prestigiados pelos colaboradores, junto com o vale transporte, é o vale alimentação. Este segundo é amplamente oferecido pelas empresas por seus colaboradores. Em resumo, é um crédito para que compre alimentos em estabelecimentos conveniados ao benefício concedido. Definir o valor ou o reajuste do vale alimentação é um dos pontos essenciais para uma boa implementação deste auxílio.

Não só os RHs, mas também os seus colaboradores sabem que ter este benefício traz algumas vantagens. Ele garante uma alimentação adequada, proporciona variedade de escolha, flexibilidade e comodidade na aquisição de alimentos, favorece o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e incentiva a economia local.

Por todas essas razões, o vale-alimentação é um benefício valorizado e que contribui para o bem-estar dos funcionários e o sucesso das organizações.

No entanto, estabelecer o valor ideal do vale pode ser um desafio para o RH. Diversos fatores geram impacto na hora de definir a quantidade ideal para créditos. Entre eles, podemos citar a inflação. Alguns colaboradores dependem deste crédito para abastecer a dispensa. Por isso, a definição de preço do V.A é extremamente importante e o RH deve se atentar a este detalhe.

Dessa forma, este artigo busca compreender como as empresas devem calcular o benefício.

• O impacto da inflação e porque deve ser feito o reajuste no vale refeição;
• Como definir o valor do vale alimentação?;
• Alternativas para além da inflação.

O impacto da inflação e porque deve ser feito o reajuste no vale refeição

A inflação é o aumento geral e contínuo dos preços dos bens e serviços na economia ao longo do tempo. Determina a queda do poder de compra da moeda, tornando necessário comprar mais bens e serviços com mais dinheiro do que antes.

Com essa queda do poder de compra, o vale-alimentação também perde o seu valor e é importante avaliar alguns impactos relevantes para se considerar nos futuros reajustes desse benefício.

Para frear uma possível frustração e contornar os impactos da inflação no pacote de benefícios, a equipe de gestão de RH deve avaliar de forma regular e contínua o valor do auxílio alimentação para que ele continue sendo efetivo e cumpra seu propósito de contribuir com os funcionários no consumo de alimentos de qualidade.

Como definir o valor do vale alimentação?

Não há um valor mínimo definido para o desconto em folha de pagamento do auxílio alimentação no estatuto. Há um limite para o tamanho do desconto e não pode ser superior a 20% de cada salário estipulado.

Você deve multiplicar o número de dias trabalhados pelo valor do benefício diário do colaborador para determinar o preço do vale-refeição da folha de pagamento. A quantidade que deve ser creditada em sua conta é o resultado.

Por sua vez, o desconto será de até 20% do valor descoberto. Ao contrário do salário, está sujeito a descontos, como os efetuados por faltas injustificadas.

Caso o RH deseje reajustar os créditos do auxílio com base na inflação, existem diferentes cálculos a serem feitos para que se chegue a um valor mais adequado para empresa e confortável para o colaborador.

O principal índice que deve ser observado é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é um indicador usado especificamente para medir a variação de preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos. O INPC se calcula com base em uma cesta de produtos e que representa o consumo habitual das famílias de baixa renda, e reúne despesas como alimentação, habitação e saúde.

Alternativas para além da inflação

É importante que o RH não se limite a apenas um indicador e saiba que existem outras formas de identificar a quantidade de créditos mais adequada para o auxílio alimentação. Outro indicador que já muito utilizado e também pode ser usado como base de cálculo é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O IPCA mede a variação de preços de uma da cesta básica. Para calculá-lo, multiplica-se o valor atual do benefício pelo percentual de variação do IPCA.

Além do IPCA, outra variável econômica que pode ser considerada para o cálculo do reajuste do V.A  é o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), na variação do salário mínimo ou em índices específicos do setor econômico.

Muitas empresas utilizam a variação do salário mínimo como referência para o reajuste deste auxílio. Por exemplo, pode-se estabelecer que o valor do benefício seja um percentual fixo do salário mínimo vigente, garantindo assim um reajuste em linha com a valorização do salário mínimo.

Antes de definir os reajustes, você RH deve consultar a política da sua empresa para que as negociações fluam da melhor maneira possível. Busque conhecer também as legislações locais e as características do setor em que a empresa atua e garanta ao seu colaborador a melhor alimentação possível a partir do pacote de benefícios.